terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rota de Pedro Álvares Cabral


Vasco da Gama forneceu a Pedro Álvares Cabral um documento com indicações detalhadas sobre a rota que devia seguir a caminho da Índia e sobre as atitudes que devia tomar em certas circunstâncias. Por exemplo: para os navios da armada não se perderem uns dos outros, o melhor era dispararem dois tiros de canhão sempre que quisessem mudar de rumo. Assim, alertavam os outros capitães e eles tratariam de virar para o mesmo lado que a nau capitânia. No entanto, se por azar uma nau se perdesse, só deveriam tentar encontrá-la durante o dia. À noite seria preferível baixarem as velas, ficarem onde estavam e só retomarem as buscas ao amanhecer.
Quanto à rota, Vasco da Gama recomendava o seguinte percurso: Lisboa – ilhas Canárias – ilhas de Cabo Verde. Aí teriam de escolher a ilha de Santiago ou São Nicolau para se reabastecerem com água doce e mantimentos frescos, pois a etapa seguinte seria longa. A partir de Cabo Verde, convinha fazerem um desvio para ocidente a fim de evitarem os ventos contrários que sopram junto à costa da África.
O rei D. Manuel I também deu instruções a Pedro Álvares Cabral. Sobre essa conversa há várias teorias. Alguns historiadores garantem que os Portugueses já tinham descoberto terras na zona onde é hoje o Brasil, mas guardaram segredo para evitar a concorrência dos Espanhóis.
Sendo assim, o rei teria ordenado ao capitão que fizesse um desvio maior do que o necessário e descobrisse oficialmente a tal terra secreta.
No entanto, há historiadores que não aceitam esta hipótese. Dizem que não havia motivo nenhum para se manter a descoberta em segredo. O medo da concorrência deixara de fazer sentido porque os dois países tinham assinado há vários anos o famoso Tratado de Tordesilhas.
Ora, nesse Tratado dividiram o mundo em duas partes e definiram a metade em que cada país podia descobrir terras. Como o Brasil ficava na metade reservada aos Portugueses, seria natural anunciar sua existência. Os historiadores que assim pensam, consideram que os navios se desviaram da rota prevista ao sabor dos ventos e das correntes marítimas. E, portanto, é a Pedro Álvares Cabral que se deve a descoberta do Brasil.

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